segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

PARA DESCONTRAIR

Todos os anos, a partir da entrada da primavera e até o final do verão a coisa repete-se de forma acintosa. O fenômeno que ocorre aqui na zona sul de Porto Alegre é sério e exige providências urgentes dos especialistas. Vamos aos fatos: nos finais das tardes, antes mesmo do por do sol, diariamente, bandos de elementos atacam repentinamente o céu da Vila Assunção,vindos do lado sul do Rio Guaíba e seguem  em direção ao norte da cidade, mais precisamente para os lados do Hipódromo do Cristal.  Vale dizer,que respeitando quem pense de modo distinto,  que para mim o estuário sempre será rio. Voltando  aos bandos,  em regra, são conjuntos formados por quantidade considerável de integrantes que torna-se impossível aos  olhos  calcular o seu total, no entanto, também existem grupos de menor expressão, além é claro, de um que outro retardatário. Chama especial atenção que os integrantes agem de maneira ordenada e sempre em formação tal qual um desfile solene capitaneado pelo líder.Já procurei investigar a origem dessas criaturas - de onde saem e qual seu destino final - entretanto, não logrei êxito. Você, pela  narrativa feita esta imaginando tratar-se de algo grave, pois saiba que incorreste em evidente equívoco, porquanto, estou a referir-me ao espetáculo da sábia natureza que é proporcionado  pelas maravilhosas aves aquáticas de cor preta,  do porte de um pato, de bico estreito e curvo, pescoço  e cauda longos e asas curtas, os nossos lindos e festejados Biguás.

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