Desde tenra idade aprendi a amar, admirar e respeitar a instituição chamada Sport Club Internacional. Lembro-me bem que, eu e mais meia dúzia de colegas de aula do colégio Euclides da Cunha aproveitávamos o intervalo do recreio e atravessávamos a rua de nosso colégio para assistirmos pelas frestas de um dos portões de madeira do saudoso Estádio dos Eucaliptos o treinamento dos jogadores daquele time de cores branca e vermelha. Era meados dos anos sessenta e então decidi-me, seria para aquele clube que torceria a vida toda e de maneira incondicional, na alegria e na tristeza. Evidentemente, que os tropeços ocorridos ao longo do tempo me trouxeram muita tristeza mas, de outra banda, as conquistas alcançadas, e foram muitas, me deram enormes alegrias. As satisfações que o Inter já me proporcionou são de fato imensuráveis. Obviamente, que o momento atual do time é deveras preocupante, mas com certeza essa má-fase e a sequência de nove jogos sem vitória em breve terá fim. Sou sócio do clube e dessa condição não pretendo afastar-me mesmo discordando de algumas medidas adotadas, ou não, por parte das pessoas escolhidas para administrarem-no. Não obstante as mazelas futebolísticas que ora vivenciamos, jamais permitiria-me tomar atitudes extremadas contra o clube do meu coração, ou, contra atletas, dirigentes e integrantes da comissão técnica. Os atos de vandalismo cometidos por grupo ínfimo de torcedores no domingo passado após o insucesso para o Corinthians, depredando parte das dependências do majestoso Beira-Rio, foram lamentáveis, vergonhosos e covardes. Será mesmo que esses indivíduos podem ser considerados torcedores colorados? Por mais dolorida que seja eventual derrota esportiva penso que nada justifica a adoção de medidas de tamanha violência, seja contra o patrimônio do clube ou contra bens de propriedade de seus profissionais. A ofensa contra jogadores também é inadmissível. Associados do clube ou torcedores que pagam ingresso têm todo o direito de protestar, apupar, criticar, mas, desde que o faça com respeito e civilidade. Não se pode olvidar que o objetivo do esporte é o de buscar o congraçamento entre as pessoas. Quem ama não depreda e não destrói.
terça-feira, 2 de agosto de 2016
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